Ao longo do processo de desenvolvimento do bebê, novas habilidades vão sendo adquiridas, como: falar, andar e perceber a presença de outras pessoas. O Atraso do Desenvolvimento Neuropsicomotor (ADNPM) ocorre justamente quando essas habilidades não são desenvolvidas na idade esperada. Portanto, prestar atenção no bebê e em suas ações ao longo dia, é essencial para promover um diagnóstico rápido.
O ADNPM pode se manifestar de diferentes maneiras, podendo acometer apenas uma área do desenvolvimento neuropsicomotor, duas ou mais. É importante observar atentamente o bebê, pois o atraso pode se manifestar pela fala, por exemplo, ou até mesmo em níveis maiores, já sendo diagnosticado como paralisia cerebral ou Transtorno do Espectro Autista (TEA).
As causas do ADNPM são variadas, podendo ter ocorrido no período de gestação, no parto ou até mesmo no pós-parto. Exposição a substâncias tóxicas na gravidez, traumas neurológicos, subnutrição e até mesmo estresse pós-traumático são fatores que podem ocasionar esse atraso.
Como identificar?
O processo de identificação da ADNPM ocorre justamente no ato de observar a criança em seu dia a dia e perceber se seu desenvolvimento está ocorrendo normalmente. Alguns sintomas que podem ser percebidos pelos pais ou cuidadores são:
-Dificuldade no ato de se comunicar e socializar com outras crianças;
-Dificuldade de absorver conhecimentos;
-Não engatinhar, andar, rolar ou esboçar tentativas de se movimentar;
-Músculos fracos e postura caída;
-Dificuldade com a fala.
Apesar de esses serem sintomas comuns da ADNPM, é necessário tomar cuidado para não generalizar as situações. Cada criança possui seu tempo específico para desenvolver determinadas habilidades e a preocupação deve ocorrer, apenas se o atraso percorrer um espaço de tempo muito mais elevado do que o esperado. Portanto, o acompanhamento com o pediatra ao longo da infância é primordial, pois a supervisão de um profissional auxilia no diagnóstico precoce de possíveis doenças. Além disso, caso o ADNPM for identificado, a criança será encaminhada para terapias com profissionais capacitados da área que poderão ajudá-la a superar suas dificuldades.
De que maneira a escola contribui com o diagnóstico precoce?
A escola por diversas vezes torna-se a segunda casa das crianças e é nela que os pequenos passam a maior parte do tempo. Em razão disso, os professores e cuidadores tornam-se os principais supervisores das crianças ao longo da semana. Portanto, se algo de errado estiver ocorrendo, serão esses profissionais que possivelmente irão identificar primeiro. Nessa identificação, os pais serão notificados e através dessa interação escola-família um diagnóstico precoce pode surgir, melhorando a qualidade de vida da criança e da família.
Esse apoio e união escola-família é um grande diferencial na vida das crianças e dos pais, que se sentem mais tranquilos para deixarem seus filhos com pessoas que irão cuidar para que a infância e a experiência escolar sejam as mais saudáveis possíveis.