Durante os primeiros meses de vida dos bebês é normal que os pais sintam-se inseguros com diversas questões, já que há um universo de questionamentos relacionados ao desenvolvimento infantil. Como lidar com cólicas, melhor maneira de realizar a introdução alimentar, o que evitar oferecer aos pequenos e infinidade de dúvidas.
Alimentar o bebê e colocá-lo para dormir em seguida é uma das incertezas que os pais possuem, questionando-se essa atitude pode prejudicar a criança de alguma maneira. Levando esse fato em consideração, resolvemos esclarecer essa dúvida e apontar os mitos e verdades que a rodeiam.
Fato
Após ingerir algum tipo de alimento é desaconselhável de acordo com especialistas colocar a criança para dormir, já que por estar com o estômago cheio, o corpo fica mais pesado e um mal-estar pode ser gerado. Além disso, após mamar e ser colocado deitado, há o risco de o bebê regurgitar o leite e aspirá-lo (o que acarreta em um engasgo e consequentemente o risco de morte).
Ou seja, é verídico que comer e dormir logo em seguida faz mal para o bebê e por isso é necessário estabelecer uma rotina que a criança tenha horários de almoço e jantar espaçados da hora do sono. Mas como fazer isso? Confira algumas dicas:
Estabelecer o horário de dormir
Nos primeiros meses de vida é normal que os bebês durmam diversas vezes ao dia, já que de acordo com a neuropediatra Márcia Pradella, do Hospital Sírio-Libanês (SP), nessa idade há a constante repetição do mesmo ciclo: mamadas, cocô e sono. Em razão disso, algumas famílias sofrem durante o sono da noite, já que alguns bebês apresentam dificuldades para pegar no sono após vários períodos de descanso ao longo do dia.
Portanto, definir os horários de sono do bebê é o ideal, espaçando o período da noite com os cochilos da tarde. Apesar disso, essa regularidade só é possível de ser alcançada após o quinto mês de vida, já que é a idade que o bebê já produz melatonina (hormônio que gera sonolência), indicando ao organismo que é o momento de dormir.
Quando já for possível aplicar horários definidos na rotina do bebê, será mais fácil de definir o horário de outras atividades ao longo do dia. Além disso, é importante ressaltar que a regularidade no horário de dormir, proporciona uma melhor qualidade de sono.
Alimentação
Como citado acima, alimentar o bebê e colocá-lo para dormir em seguida não é o ideal, ou seja, espaçar o horário do sono dos momentos de alimentação é primordial.
De acordo com a revista Pais & filhos, é comprovado que os alimentos influenciam na qualidade de sono das crianças e que também podem interferir na liberação do hormônio GH (hormônio do crescimento).
A nutricionista e diretora da Cardioterapia, Renata Buzzini, declara que o açúcar é o principal inimigo do sono e deve ser evitado durante a noite. Já alimentos como carnes magras, legumes e verduras são os mais adequados para consumir no jantar.
Portanto, montar um cardápio adequado com alimentos que não interfiram no sono das crianças (principalmente à noite) é essencial. Além disso, o jantar deve ser oferecido cedo, ideal até 20h da noite.
Alguns alimentos que são ótimos para oferecer durante a noite para o bebê:
-Proteínas (como carne, ovo e aves)
-Alimentos folhosos
-Carboidratos de baixo índice glicêmico (ex: cenoura e abobrinha).
Atividades e Estímulos
As atividades que são feitas com os bebês e consequentemente os estímulos que lhe serão gerados, podem atrapalhar ou beneficiar o seu processo de sono. Por exemplo, deixar a criança muito exposta a telas um pouco antes do horário de dormir, pode atrapalhar seu sono, a claridade dos dispositivos e seus estímulos sonoros e visuais deixam a mente das crianças totalmente enérgica, atrapalhando-as de relaxar e dormir.
É importante priorizar por silêncio e tranquilidade em casa quando anoitecer, assim o bebê já entenderá que em breve ele irá dormir e seu corpo e mente já se preparam para isso.
Portanto, uma simples dúvida sobre “comer e dormir em seguida” acarreta em um novo universo de ações que devem ser feitas com os bebês para gerar uma rotina e uma vida repleta de bem estar para a criança e sua família.
