A quantidade de alimentos que deve ser oferecida para as crianças sempre gera muita dúvida, nunca se tem certeza se ela comeu o suficiente ou se ela está comendo mais do que precisa.
A Sociedade Brasileira de Pediatria possui um Manual de Alimentação, que tem como objetivo orientar profissionais da saúde sobre a quantidade de alimento que uma criança deve comer, em cada faixa etária da vida e sobre a qualidade dessa alimentação.
Apesar da preocupação com a quantidade que a criança deve comer, a qualidade destes alimentos é extremamente importante, já que são os alimentos in natura que irão oferecer as vitaminas e minerais que a criança precisa, para um ótimo desenvolvimento e para suprir as demandas que o leite materno deixa de oferecer, com a diminuição da sua oferta, para que sejam oferecidas refeições.
Conforme a criança vai crescendo, suas demandas energéticas vão aumentando, já que ela vai ficando mais ativa, e então as quantidades oferecidas vão sendo aumentadas, mas ainda assim é muito importante suprir as necessidades de vitaminas e minerais.
Saiba como devem ser montadas as porções e o quanto a alimentação é benéfica para o desenvolvimento das crianças:
A distribuição do prato, para que sejam supridas todas as necessidades de nutrientes deve ser metade de fontes de vitaminas e minerais – legumes e verduras, ¼ de fontes de carboidratos – cereais e/ou tubérculos (arroz, batata, mandioquinha, inhame, cará), e ¼ de fontes de proteínas – carnes e ovo + leguminosas (feijões, grão de bico, lentilha).
As fontes de vitaminas e minerais (verduras, legumes e frutas) devem fazer parte de todas as refeições.
Existem recomendações sobre as quantidades de porções que devem ser servidas e estas são consideradas no momento da construção do cardápio e da oferta dos alimentos para os alunos, mas também é muito importante deixar que a criança aprenda a controlar sua sensação de fome e saciedade, já que, apesar de haverem recomendações teóricas para cada faixa etária, na prática, a demanda energética de cada pessoa é diferente.
O fracionamento das refeições também é muito importante para que a criança atinja suas necessidades de nutrientes, vitaminas e minerais, já que ela não tem tanta paciência de fazer grandes refeições e perde logo o interesse pela comida, quando há muita comida no prato.
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, além de exames bioquímicos são parâmetros utilizados para avaliar a adequação da alimentação, por isso o acompanhamento do pediatra e do nutricionista são essenciais durante a infância.