A educação inclusiva visa promover o acesso à educação de todos os indivíduos. Afinal, esse direito é garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
Debater o tema é fundamental em um cenário em que, dos 17 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil, quase 70% não tem instrução ou concluíram o Ensino Fundamental, segundo pesquisa divulgada em 2021.
Neste post, você vai entender o que é educação inclusiva e o que a escola pode fazer para implementá-la.
O que é educação inclusiva?
A educação inclusiva tem como objetivo garantir o direito de todos à educação. Tem como fundamento a equidade, proporcionando um ensino que, embora comum a todos, possibilita a adequação ao desenvolvimento individual.
Dessa forma, ela respeita os limites e o tempo de aprendizagem de cada aluno, considerando a pluralidade dos educandos de modo a garantir o acesso e a participação de todos, sem exceção.
Nesse sentido, a educação inclusiva não se refere apenas aos alunos com deficiência. A classe social, racial, cultural, entre outros fatores, também são considerados para promover a igualdade a todos no processo educacional.
Ademais, a educação inclusiva deve assegurar o ensino para alunos com transtornos de aprendizagem, como Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), dislexia e Transtorno Do Espectro Autista (TEA).
Além de garantir que os alunos com deficiência (física e intelectual) desenvolvam suas potencialidades, a educação inclusiva é fundamental para incentivar as competências interpessoais e socioemocionais.
O aluno sem deficiência aprende a lidar com o outro e se tornar mais empático. Além disso, favorece o entendimento quanto a importância da diversidade.
Qual a diferença entre educação inclusiva e educação especial?
A educação especial atende crianças com necessidades especiais em instituições especializadas. Dessa forma, eles recebem tratamentos conforme suas necessidades, mas não interagem com as crianças do Ensino Regular.
Por outro lado, a educação inclusiva abrange a educação especial. Porém, amplia o universo de possibilidades, pois as crianças com necessidades especiais fazem parte do ambiente escolar regular.
As especificidades das crianças com deficiência são atendidas, mas a escola deve ir além disso. É preciso desenvolver valores referentes à diversidade e o respeito à individualidade.
Conheça os princípios da educação inclusiva
Os princípios representam uma referência fundamental para avaliar se a escola é um espaço inclusivo. Por isso, é necessário conhecê-los para definir e redefinir as práticas educacionais. Veja a seguir.
1. Acesso à educação
O princípio básico da educação voltada à inclusão deriva do direito à educação. Independentemente de qualquer limitação, a criança deve frequentar a escola e ter acesso a tudo que é disponibilizado, sem restrição.
2. Toda pessoa aprende
A educação inclusiva considera que toda pessoa é capaz de aprender. Porém, esse processo não acontece ao mesmo tempo para todas as pessoas.
Nesse sentido, é necessário que a escola adeque as ferramentas pedagógicas, materiais didáticos e conteúdo curricular para cada aluno.
3. O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular
O processo de aprendizagem deve ser trabalhado constantemente, sendo dinâmico e integrado visando o desenvolvimento do aluno. Ou seja, cada criança aprende de um jeito, independentemente de haver, ou não, algum tipo de deficiência.
4. O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos
O quarto princípio diz respeito ao convívio, no mesmo ambiente escolar, dos estudantes com necessidades educacionais especiais com os que não têm. Essa medida permite que os mesmos se sintam integrados ao espaço e sejam respeitados.
5. A educação inclusiva diz respeito a todos
A educação inclusiva não se trata apenas de incluir uma pessoa a um grupo, mas sim, sobre a participação ativa de todos os envolvidos no ensino-aprendizagem de um indivíduo.
Como a escola pode aderir a educação inclusiva?
Para adequar-se à educação especial, é preciso preparar a estrutura escolar (física e pedagógica) e os professores para atuar com alunos com necessidades de aprendizagem diferentes.
Nesse sentido, a elaboração das aulas deve permitir a colaboração e cooperação de todos os alunos. É necessário adaptar o plano curricular da escola para garantir a integração na sala de aula.
Além disso, os ambientes precisam ser acessíveis e a escola precisa disponibilizar recursos e tecnologias especializadas para professores e alunos.
A inclusão precisa ser incluída também no processo de avaliação, pois é necessário considerar as habilidades desenvolvidas por cada aluno, e não apenas atribuir nota para passá-lo de série.
O que você acha da educação inclusiva? Para ler outros conteúdos sobre educação, acompanhe o blog da Cycle International School.