A nova geração de estudantes anseia por métodos novos de aprendizagem, já que está inserida em uma sociedade que cobra a multifuncionalidade dos profissionais no mundo coorporativo. O método expositivo, em que o professor fica a frente da sala de aula transmitindo seus saberes para os alunos, tem se tornado cada vez mais ultrapassado, visto que cada aluno possui sua maneira para alcançar a absorção dos conhecimentos.
Diante disso, novos caminhos começaram a serem traçados pelos pedagogos, que necessitaram encontrar formas de ensinar os alunos de maneira que eles realmente aprendam e não simplesmente decorem. A educação maker surge a partir dessa necessidade e hoje vamos comentar um pouco sobre ela e como se tornou revolucionária no processo de aprendizado.
O que é maker?
O termo maker em inglês significa “criador” e vem do verbo make que significa “fazer”. Portanto, a palavra caracteriza pessoas que colocam a mão na massa e produzem algo de maneira artesanal. Esse hábito do “faça você mesmo”, mais conhecido como “DIY” (Do It Yourself) tem se popularizado cada vez mais na internet, já que em diversos sites, como o Youtube, por exemplo, é possível encontrar tutoriais de como fazer diversos objetos, projetos de arte, comidas e utensílios variados de maneira artesanal.
Como funciona a educação maker?
Uma vez que, maker está remetido a cria ou produzir algo, as escolas passaram a implementar essa prática como uma nova disciplina na grade dos alunos. Nas aulas, os estudantes aprendem determinados conceitos e depois são incentivados a colocar a “mão na massa”.
Através de materiais diversos, os alunos criam estruturas, representam histórias, elaboram projetos, entre outras atividades. Essa dinâmica de aprender e colocar em prática logo em seguida é caracterizada como uma metodologia ativa e desenvolve autonomia e criatividade nos alunos.
Geralmente um professor conduz as aulas e elabora as atividades e o ambiente escolhido é utilizado como uma oficina de criação, composto de ferramentas e materiais que irão ser úteis para as crianças elaborarem suas ideias.
Como a educação maker ocorre na Cycle?
Instruídos pela professora Ariana, os alunos dão início as aulas maker a partir do E1, com duas aulas semanais (uma seguida da outra). O currículo dessa disciplina é dividido em:
- Integrado: os alunos desenvolvem projetos de outras disciplinas nas aulas maker, colocando em prática o que aprenderam em teoria na sala de aula. Por exemplo, elaboram maquetes da cidade e do campo, para aprenderem de maneira lúdica os conceitos de geografia.
- Tecnologia: Nesse currículo, os alunos trabalham com uma placa chamada Makey Makey e através dela, aprendem a programar teclas do teclado para emitir sons, integrar essa placa com as maquetes, entre outras atividades. Dão início aos conhecimentos de eletrônica, produção de circuitos elétricos, etc. Também trabalham com programação em bloco (atividade em que os conceitos de programação são transmitidos por meios visuais e menos complexos) através da plataforma Scratch.
Importante lembrar que as atividades são realizadas de acordo com a faixa etária dos alunos. O Makey Makey é utilizado desde o E1, já a programação em blocos a partir do E4. Com as ferramentas ocorre o mesmo. Por exemplo, há ferramentas disponíveis na oficina que podem ser utilizadas pelos alunos a partir do E4 e todas são marcadas com etiquetas coloridas para especificar se podem ser usadas de maneira independente pelas crianças, apenas com o auxílio do professor ou até mesmo as que só podem ser manuseadas pelos professores.
As aulas são 100% em inglês e os projetos individuais produzidos pelos alunos podem ser levados para casa. Os que são feitos em grupo podem ser expostos e compartilhados no site e redes sociais da escola.
Quais os benefícios da educação maker?
Através das atividades de criação, os alunos desenvolvem muito mais do que apenas autonomia, mas também habilidades de: tomada de decisão, criatividade, planejamento, raciocínio lógico e muito mais.
O ensino maker oferece possibilidades aos alunos, os tira daquela “caixinha” que os mantém enquadrados em uma grade curricular padrão, permitindo que desenvolvam seus talentos e se preparem para as novas profissões do futuro.