* Nathalia Batista – Professora Bilíngue
Rapidez, velocidade, brevidade. Hoje nossa vida é veloz. Precisamos pensar, agir rápido. Trabalho, família, casa. Não temos tempo, não podemos perder tempo. Mas… e quando podíamos?
Houve um período em que nossas preocupações eram sobre as luzes que batiam na janela, sobre os dias chuvosos que nos impediam de ir brincar no parque ou sobre a noite escura que cobria a visão. Nesta época tudo era possível, inclusive olhar, perceber e cuidar.
Na infância podíamos olhar o outro, perceber o mundo, cuidar de nós mesmos. É na infância que podemos viver livres, ingênuos. A infância é coisa séria, importante e imprescindível. São as crianças que sabem o que é ser.
Quando tempo faz que não pensamos sobre a nossa infância? Que não nos lembramos das memórias calorosas que guardamos conosco e torcemos para não as perder pelo caminho? Quanto tempo faz que deixamos de pensar que um dia fomos criança?
Ser criança é ser você, no íntimo, na essência, na alma. Ser criança é lembrar das suas vontades e expressá-las, é não ter vergonha de ser quem é e de dizer a todos o que pensa. Ser criança é admirar-se com o pouco, é valorizar a andança, é parar no tempo para sentir. Ser criança é viver e não sobreviver. É ensinar, é encantar, é amar.
Quanto tempo faz que você não é criança? Quanto tempo faz que você não aprende a viver com uma criança?