Até os 6 meses de idade, a alimentação do bebê deve ser baseada exclusivamente no aleitamento materno. A partir do sexto mês, recomenda-se iniciar a introdução alimentar, oferecendo outros alimentos como forma de complementar o leite da mãe.
Com 1 ano de idade, a criança já pode ser integrada nas refeições da família, e todos os grupos alimentares devem fazer parte da sua alimentação
Mesmo quando a criança já tiver completado 1 ano, continua sendo importante evitar alguns alimentos, como os que possuem baixo valor nutricional ou que possam causar algum mal à criança. Confira a seguir que alimentos são esses.
Alimentos industrializados para bebê de 1 ano
Os itens industrializados e ultraprocessados ainda não devem fazer parte da alimentação de uma criança de 1 ano. O ideal é dar preferência aos alimentos in natura, garantindo o crescimento saudável.
Essa recomendação não vale apenas para as crianças, mas para os adultos também. Esses alimentos são ricos em gordura, sódio e açúcar, além de corantes, conservantes e outras substâncias químicas.
Possuem baixo valor nutricional e seu consumo em excesso pode favorecer, a longo prazo, o desenvolvimento de doenças como anemia, diabetes e pressão alta.
Sendo assim, alguns dos alimentos que não devem ser oferecidos à criança de 1 ano são: salgadinhos, bolachas recheadas, nuggets, macarrão ou sopa instantâneos, molhos para salada, achocolatados, comida congelada e afins.
Embutidos em geral também são contraindicados, pois têm baixo valor nutricional e são ricos em gordura, sal, corantes e conservantes químicos.
Seu consumo pode sobrecarregar os rins e gerar dor abdominal ou desconforto, já que são mais difíceis de ingerir. Por todas essas razões, vale a pena tirar presuntos, salames e salsichas do cardápio.
Essa mesma orientação também vale para os líquidos. Refrigerantes e sucos industrializados ainda não devem fazer parte da alimentação da criança, pois possuem altas doses de açúcar, conservantes e outros produtos químicos.
Além disso, alguns refrigerantes podem conter cafeína, o que pode causar agitação e prejudicar o sono do bebê.
O desenvolvimento de uma relação saudável com a comida começa logo cedo, desde a introdução alimentar.
Isso significa que o que for oferecido para a criança no início da vida vai ajudar a moldar seus hábitos futuros. Sendo assim, é importante dar o exemplo desde o início e evitar consumir alimentos contraindicados perto da criança.
Mel para bebê de 1 ano
O mel pode conter uma bactéria chamada Clostridium botulinum, que libera toxinas no intestino e pode causar o botulismo. Essa doença pode levar a dificuldades para engolir ou falar, fraqueza facial, paralisia e até mesmo a morte.
Por conta disso, o mel é contraindicado para bebês de até 1 ano de idade, que ainda não possuem a flora intestinal totalmente formada e por isso não têm condições de combater microorganismos estranhos.
A acidez no estômago dos bebês também costuma ser baixa e, por isso, não consegue matar a bactéria.
Um terço dos casos de botulismo ocorridos no mundo têm como origem a ingestão de mel contaminado. Em crianças mais velhas e adultos, esse efeito não ocorre devido às defesas naturais, que já estão mais desenvolvidas.
Adoçantes provenientes da cana-de-açúcar também podem ser prejudiciais, e por isso devem ser evitados. Isso porque a cana está na lista de alimentos que podem favorecer o desenvolvimento do botulismo infantil.
Para evitar enfrentar esse risco, ofereça mel à criança só depois que ela já tiver completado 12 meses de vida.
Sal e açúcar
Como mencionado anteriormente, a criança de 1 ano pode comer a refeição básica da família.
Sendo assim, o sal iodado e o açúcar já podem ser introduzidos em sua alimentação, mas sempre de maneira moderada (o que também serve como orientação para os adultos).
O mais indicado é sempre priorizar os sabores mais naturais, como as frutas, por exemplo, que não precisam ser adoçadas. Os alimentos salgados, por sua vez, podem receber outros tipos de temperos.
Uma ótima opção para dar mais sabor à comida de toda a família sem precisar recorrer a grandes quantidades de sal é o uso de temperos naturais.
Alguns exemplos que podem ser explorados são salsinha, cebolinha, manjericão, alho, tomilho, alecrim, sálvia, cominho e orégano, entre muitos outros.
A utilização de sal de ervas também pode ser uma ótima alternativa para deixar a comida mais saborosa sem comprometer a praticidade que o dia a dia pede.
Suco de frutas
Os sucos naturais são saborosos e fáceis de fazer, representando uma alternativa prática para o consumo de frutas no dia a dia. No entanto, são muito calóricos e precisam de grande quantidade de açúcar para serem adoçados.
Além disso, as frutas perdem boa parte de suas fibras quando transformadas em suco. Sendo assim, não há tanta vantagem assim em oferecer esse tipo de bebida aos bebês.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) contra indica que sucos sejam oferecidos a crianças que ainda não completaram 1 ano de idade, pois isso pode contribuir com o risco de obesidade infantil.
A partir de 1 ano, o suco pode ser consumido, mas com moderação, seguindo a quantidade máxima de 120 ml ao dia. Caso a criança já esteja bem adaptada ao consumo de frutas, o suco deve ser oferecido de maneira esporádica.
Derivados de leite
Depois que completar 1 ano de idade, o bebê já pode consumir alguns laticínios, como leite de vaca, iogurte e queijo.
Ainda assim, é preciso cuidado: antes de oferecê-los, verifique se esses alimentos contém aditivos químicos ou açúcar. Caso positivo, evite servi-los à criança.
O leite de vaca pode ser incluído na alimentação da criança desde que não contenha conservantes ou estabilizantes.
Se ela ainda consome o leite materno, não há necessidade de oferecer o leite de vaca. No caso de bebês que tomam fórmula infantil, o consumo de leite de vaca vai depender da orientação do pediatra.
Quanto ao iogurte, a única versão que pode ser incluída na alimentação do bebê é a natural, desde que contenha apenas dois ingredientes: leite e fermento lácteo.
No mercado, é possível encontrar diversas marcas de iogurte que apresentam essa composição. Ofereça o alimento puro ou misturado com uma fruta.
Outros tipos de iogurte não devem ser oferecidos, pois contém açúcares e diversos tipos de corantes e conservantes que podem prejudicar a saúde intestinal e desenvolvimento do paladar da criança.
Diversos tipos de queijos podem ser oferecidos ao bebê de 1 ano, mas é preciso se atentar à procedência e o modo de armazenamento desse item, para evitar riscos de infecção alimentar no bebê.
Queijo branco, queijo minas padrão e creme de ricota e requeijão caseiros são alguns dos tipos que podem ser oferecidos ao bebê a partir de 1 ano. Podem ser consumidos como recheios de pães e em outras receitas de lanchinhos.
O que deve continuar sendo evitado para bebê de 1 ano?
Mesmo depois que a criança completa 1 ano, ainda há alguns alimentos que devem continuar sendo evitados, além dos industrializados e ultraprocessados já mencionados aqui.
Os doces, por exemplo, são ricos em calorias e têm muito açúcar, gordura e conservantes em sua composição. Além disso, são pobres em nutrientes, e por isso não há muita vantagem nutricional em consumi-los.
Aumentam o risco de obesidade e diabetes, e podem prejudicar a saúde dos dentes do bebê. Por isso, evite oferecer balas, chocolates, sorvetes e bolos aos pequenos.
Pelos mesmos motivos, achocolatados também devem ser evitados. Ainda que possam ser enriquecidos com vitaminas e minerais, são impróprios para o consumo até os 2 anos, pois podem inibir a vontade de comer alimentos mais nutritivos, como frutas e legumes.
Sucos que não sejam 100% naturais ou em pó também são contra indicados, e isso vale para qualquer etapa da vida.
Esses itens são ricos em sal, açúcar, corantes, aromatizantes e conservantes. Não possuem valor nutricional e ainda podem prejudicar os rins, os dentes e aumentar as chances de obesidade na infância.
Os biscoitos recheados e os salgadinhos de pacote são uma sensação entre as crianças, mas também devem ser evitados. O que falta em valor nutricional, sobra em açúcar, sal e gordura.
Além disso, também podem conter gorduras trans, que é muito prejudicial à saúde.
Embora contenha grande quantidade de água, a gelatina industrializada é outro vilão alimentício da infância, pois contém grandes quantidades de corantes, conservantes e açúcar, e pouco valor nutritivo.
Por fim, também não é recomendado oferecer alimentos com adoçantes para as crianças, a menos que essa seja uma recomendação específica do pediatra ou em casos de doenças como a diabetes.
A recomendação geral é fugir de itens industrializados, e dar sempre preferência aos alimentos in natura.
Para garantir uma alimentação saudável e sem riscos, é importante contar com o acompanhamento de um médico pediatra, que terá condições de orientar quais alimentos são mais indicados de acordo com a fase de desenvolvimento da criança.
Para receber mais orientações sobre a alimentação saudável na infância, continue acompanhando nosso blog!